Pular para o conteúdo principal

Em defesa do diálogo


Nota da UEB e da ABES sobre a greve da PM na Bahia

Na iminência do início do ano letivo, diante da greve da Polícia Militar baiana, que hoje completa uma semana, a União dos Estudantes da Bahia (UEB) e a Associação Baiana de Estudantes Secundaristas (ABES) vem, por meio desta, defender a negociação como a melhor maneira de superar a grave situação em que se encontra a segurança pública no nosso estado.
Os trabalhadores e trabalhadoras da Polícia Militar da Bahia lutam por melhores condições de vida e de trabalho, portanto, trata-se de uma pauta justa. No entanto, ainda que a pauta seja justa, não concordamos que o encaminhamento das reivindicações seja feito de forma violenta e irresponsável. Infelizmente, uma minoria composta por homens encapuzados, orienta atos violentos em diversas cidades baianas, disparando tiros e atravessando ônibus em via pública. Repudiamos tais atos, que, embora praticados por uns poucos, disseminam o terror e prejudicam a população.
As entidades estudantis sempre lutaram pela liberdade de manifestação e estão lado a lado com a classe trabalhadora em nossas pautas cotidianas. A tradição de reivindicações corre em nossa história e a defesa de uma sociedade igualitária é o nosso horizonte. Esperamos ações efetivas e protagonismo por parte do Governo do Estado para a dissolução destes impasses, além de compromissos nítidos para que tenhamos avanços no que tange ao modelo de Segurança Pública que a Bahia precisa. A população baiana não pode ser refém de policiais grevistas com armas em punho nem das forças armadas e seus fuzis.
Nós temos um modelo de Segurança Pública equivocado e contraditório com a construção de uma sociedade justa e igualitária, tal como defendemos. O genocídio da juventude negra e a letalidade da polícia são questões centrais para o debate da segurança pública que necessitamos. Este momento de crise talvez seja uma boa oportunidade de discutirmos possíveis mecanismos para termos uma polícia mais eficiente e compatível com o Estado Democrático de Direito.

          Por fim, a UEB e a ABES esperam que o bom senso prevaleça e que as negociações ajudem a dar fim à greve, para que o calendário letivo seja preservado e que possamos avançar na construção de uma sociedade realmente justa e segura.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo assinado 10% do PIB e 50% FS do Pré Sal Já

Para participar do Abaixo assinado click na imagem

Nota em apoio a Luta do Movimento Estudantil Unificado da UFOB

Nota em apoio a Luta do Movimento Estudantil Unificado da UFOB A União dos Estudantes da Bahia - UEB vem a publico declarar apoio a luta dos estudantes da nova Universidade Federal do Oeste Baiano. Em meio tantas lutas e mobilizações no Brasil inteiro por mais avanços na Educação, em Barreiras não é diferente, estudantes se mobilizam e ocupam a Universidade por mais conquistas. A UEB e a UNE encaram a mudança do antigo Campus da UFBA – Barreiras para UFOB como uma grande vitória do movimento estudantil que historicamente lutou pela expansão das universidades por todo Brasil. E é com esse clima de vitória e comemoração que nos somamos à luta dos Estudantes da UFOB por mais qualidade. Acreditamos que, agora, com orçamento próprio a UFOB precisa avançar nas mudanças e tornar a universidade cada vez mais democrática, com mais assistência estudantil, mais infraestrutura. Fazemos o apelo para que a Reitoria possa se comprometer com as bandeiras estudantis, para que assim possamos obte

UNE Divulga Carta Aberta aos Estudantes

CARTA AOS ESTUDANTES BRASILEIROS Brasil, 7 de setembro de 2011 Neste dia de simbolismo inegável e de valor histórico ainda em construção, ecoando com os brados daqueles que, durante os últimos 189 anos, continuam a gritar pela independência de todas e todos brasileiros, deixam-se aqui as seguintes palavras, idéias e sonhos para a classe estudantil da nossa nação. O Brasil dos jovens de 2011 é um país em movimento, cada vez menos dependente de seus grilhões, mas ainda profundamente distante de ser livre. A independência, relembrada neste 7 de setembro, é um processo de caminhar, é o desejo de atravessar a ponte histórica que levará o país ao futuro. É a perspectiva de deixar, na outra margem, a desigualdade social, a opressão e exclusão da juventude, a miséria, a injustiça, os preconceitos de todos os tipos contra as mulheres, negros, idosos, gays, lésbicas, pobres, nordestinos, analfabetos e tantos outros representantes do povo não favorecido deste país. O Brasil dos estudantes dest