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Calourada dos estudantes da UNEB do Campus I debate assistência estudantil e constrói uma grande manifestação pela abertura imediata do R.U na Universidade






















A atividade foi construída por diversos C.A´s e D.A´s do Campus I (Salvador) e contou com o apoio da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da UEB (União dos Estudantes da Bahia). As mobilizações foram todas realizadas na sexta-feira (22/10) e teve início com uma mesa de debate com o tema: “Assistência Estudantil e as experiências existentes” e contou com a presença do Pró-Reitor de Assistência Estudantil da UNEB, do Presidente da UEB, do Vice-Presidente da UNE na Bahia e também com um representante da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil da UFBA. Depois do debate foi construída uma grande manifestação pela abertura imediata do R.U (restaurante universitário) por todo o Campus e terminou na Reitoria da UNEB com um ato político. A calourada terminou com uma grande festa de confraternização dos estudantes. O DCE da UNEB também participou das atividades.


Durante a mesa de debate as diversas contribuições extrapolaram o tema e acabamos por ver uma discussão ampla e profunda sobre o papel que a Universidade Pública deve cumprir na sociedade. Foi debatida a questão do financiamento, a função social que a universidade deve cumprir e principalmente falou-se muito sobre a importância das políticas de assistência estudantil nas universidades. A UNEB conta com 50 mil alunos, espalhados por 23 campi entre Salvador e o interior e hoje investe menos de 2 milhões de reais por ano em assistência estudantil. Já a UFBA possui 37 mil estudantes e conta com orçamento anual de 10 milhões para assistência estudantil. Comparando os dois orçamentos observamos uma defasagem gigantesca no orçamento da UNEB para está área. Faz-se necessária uma política de maior investimento por parte do governo da Bahia e também um planejamento mais concreto por parte da UNEB no que diz respeito a esse tema: as defasagens em residências universitárias; bolsas permanência; bolsas de iniciação científica e alimentação são graves e precisam ser problematizadas. Segundo Vladimir Meira, que é Presidente da UEB, “Estamos passando por um processo importante de democratização do acesso à universidade pública principalmente depois da aprovação das cotas em diversas universidades e as políticas de assistência estudantil, que visam garantir a permanência dos estudantes de baixa-renda nas universidades, são um ponto fundamental para nós que lutamos por uma universidade mais democrática e plural. Para Maurício Guimarães, que é Vice-Presidente da UNE aqui na Bahia, “A discussão em torno da universidade precisa estar atrelada a uma política de radical democratização do seu espaço, precisamos garantir que a universidade esteja a serviço do desenvolvimento nacional e dos interesses do povo brasileiro e baiano, para isso precisamos inserir as camadas populares dentro da universidade pública e nesse contexto a luta por assistência estudantil e mais especificamente a luta dos estudantes daqui da UNEB pela abertura da R.U é muito importante e se encontra na ordem do dia”.










Assim que a mesa de debate terminou todos os estudantes presentes no debate saíram em manifestação pelas ruas do Campus I reivindicando mais verbas para assistência estudantil e principalmente a abertura imediata do R.U a preço popular. Com cartazes e faixas sobre o tema os estudantes percorreram os mais diversos espaços da universidade, entrando nos prédios e chamando quem estava em sala de aula para participar da manifestação, um carro de som ajudava na manifestação e muitos estudantes se revezavam no microfone com intervenções e palavras de ordem. Depois de percorrer todo o Campus I a manifestação se dirigiu para a reitoria da UNEB querendo conversar com o Reitor da universidade, os estudantes ocuparam o salão da reitoria, fizeram uma grande roda e começaram a falar sobre a pauta da assistência estudantil e do restaurante universitário e pedindo também uma audiência com o reitor. Como a universidade estava em horário de almoço o reitor se encontrava fora e os estudantes não conseguiram falar com ele. Foi realizado então um ato político dentro do salão da reitoria e os diversos estudantes falaram que a luta pelo R.U estava apenas começando e que só iria acabar quando o mesmo fosse aberto. Reginaldo, que é estudante de Pedagogia da UNEB, afirmou que “Os estudantes da UNEB do Campus I só vão descansar quando o R.U estiver aberto, funcionando e atendendo a todos os estudantes”, falou ainda que “Agora precisamos conquistar cada vez mais corações e mentes para essa importante batalha, vamos passar em muita sala de aula e convencer toda a UNEB, o reitor e o governador sobre nossa reivindicação”. Depois de terminado o ato político na reitoria os estudantes foram para uma feijoada que foi organizada para simbolizar a luta pela abertura do R.U, o feijão foi dado de graça e todo e qualquer estudante da UNEB podia comer.




A calourada da UNEB teve seu encerramento na noite de sexta-feira com a realização de um grande show com diversas bandas do circuito universitário e um DJ. A festa começou por volta de umas 20:00h e só terminou de madrugada. Depois de muito debate e mobilização política os estudantes caíram na festa e encerraram suas atividades com muita música, cerveja gelada, animação e muita confraternização. As próximas agendas de mobilização serão marcadas e a UEB e a UNE estão à disposição para ajudar nessa importante luta dos estudantes da UNEB do Campus I.

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