O Centro Universitário Jorge Amado – Unijorge – terá
que oferecer 25 bolsas de estudos integrais para alunos carentes por ter
praticado ato discriminatório contra os professores mais graduados, por
receberem salários maiores. O
compromisso em oferecer as bolsas de estudo foi garantido em um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) firmado entre a instituição de ensino, Ministério Público do
Trabalho na Bahia (MPT-BA) e o Sindicato dos Professores do Estado da Bahia
(Sinpro). O termo foi assinado entre as partes nesta segunda-feira (16), na
sede do órgão, na Vitória, em
Salvador. Além de oferecer as bolsas, a faculdade terá que
realizar cinco palestrar nos próximos cinco anos para todos os funcionários
sobre assédio moral e discriminação nas relações de trabalho. A Unijorge também
se compromete no termo a não repetir mais a prática do assédio moral. Em 2006,
o MPT investigou a demissão massiva de professores com mestrado e doutorado da
universidade, com inspeção do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (Inep). A
promotoria do trabalho decidiu instaurar um inquérito após a constatar que os
professores foram assediados pela instituição. As bolsas serão ofertadas no
processo seletivo para formação de turmas de 2013.1 para todos os cursos da
instituição. De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, as bolsas poderão
ser requeridas por estudantes com renda familiar de até dois salários mínimos.
A intenção de concorrer ao beneficio deverá ser assinalada no ato da inscrição
para o vestibular. A assessoria lembrou que a Unijorge deverá divulgar a
existência das 25 bolsas em todos os materiais de divulgação do vestibular e
informar que as bolsas são frutos do TAC. O aluno que for aprovado deverá
comprovar os critérios pré-estabelecidos para obter o benefício. A bolsa poderá ser revogada e redistribuída,
caso o estudante seja reprovado no curso em que estiver matriculado, infrinja o
regime disciplinar acadêmico ou tranque a matrícula por período superior a um
ano. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o procurador Luís
Barbosa preferiu converter uma multa, que poderia ultrapassar o valor de R$ 100
mil para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), em bolsas de estudo por ser um
benefício mais visível para a sociedade.
Fonte:
Bahia Notícias (www.bahianoticias.com.br)
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