Na
manhã desta terça-feira (17), membros da União Nacional dos Estudantes (UNE)
foram recebidos pelo secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação
(MEC), Amaro Lins para tratar das atuais reivindicações sobre as universidades
federais brasileiras. Na última sexta-feira (13), o encontro do governo foi com
os professores das instituições.
O
encontro da UNE com o MEC deveria ter acontecido no último dia 11,quando
encerrou-se o prazo de 15 dias acordado com o ministro da educação Aloizio
Mercadante, em 26 de junho, para responder às reivindicações estudantis.
Naquela
terça-feira de junho, cerca de 3 mil alunos de universidades de todo o país
realizaram uma grande manifestação em Brasília e foram recebidos por
Mercadante. Representantes de 44 DCEs entregaram ao ministro suas pautas e
exigências para cada instituição, incluindo, principalmente, mais assistência
estudantil e consolidação da expansão universitária com melhorias na
infra-estrutura e no planejamento das universidades.
No
encontro desta terça, em julho a UNE recebeu algumas respostas,porém, salientou
que o mais importante é manter a pressão. ‘’Essa reunião foi fundamental para
consolidar o diálogo e fazer pressãofrente ao MEC e ao governo federal’’, conta
o presidente da entidade Daniel Iliescu.
‘’Essa
foi a primeira de muitas reuniões. A UNE continuará insistindopara que todas as
pautas exigidas sejam cumpridas. Continuaremoslutando pela melhoria na
assistência estudantil, pela contratação de mais professores e funcionários e,
em nívelmais amplo, pela aplicação de pelo menos 10% do PIB na educação’’,
ressalta.
Propostas do MEC
Com
duração de duas horas e meia, a reunião teve como principaispontos de debate a
criação de uma comissão oficial de diálogo e acompanhamento da qualidade e
infra-estrutura das universidades federais, composta por estudantes, reitores,
professores e técnicos-administrativos , e a contratação imediata dos 1400
professores e funcionários já concursados.
Durante
o encontro houve também a apresentação do novo sistema de monitoramento da
infra-estrutura das universidades, construído a partir da pauta de
reivindicações da UNE, além do esperado relatório sobre cada uma das demandas
exigidas pelos estudantes. Porém, o MEC não se posicionou quanto ao pedido de
ampliação do investimento para a construção de mais restaurantes universitários
e moradias estudantis.
Para
Iliescu, este é um ponto fundamental que não deve ser deixado de lado. ‘’É
necessário ampliar a mobilização pelos investimentos diretos na assistência
estudantil e a construção de mais moradias e restaurantes universitários faz
parte disso’’, declarou.
Professores também em negociação
Até
o momento, a mobilização nacional que une estudantes, professores e
funcionários de praticamente todas as universidades brasileiras prossegue. Os
professores em greve foram recebidos na última sexta (13) em Brasília, porém,
não houve ainda consenso com o governo e, segundo a categoria, a proposta
apresentada deverá ser rejeitada.
Associação
Nacional dos Docentes no Ensino Superior (ANDES) orientou os professores a
debaterem a proposta por meio de assembleias seus estados, até a próxima
sexta-feira. A paralisação teve início em maio e já completa mais de 60 dias.
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