Foto de assembléia estudantil da UFBA |
Iniciada
no dia 17 de maio, a greve das federais talvez possa ser considerada uma das
maiores paralisações em defesa da educação já realizadas no país. Até o
momento, 58 das 59 instituições federais já aderiram e ainda não há previsão de
término da paralisação. Estudantes de todo o país apoiam a luta dos docentes e
dos técnico-administrativos e também levantam suas pautas em defesa de uma
universidade pública e de qualidade.
A
União Nacional dos Estudantes convocou para a próxima terça-feira, dia 26 de
junho, um grande ato em Brasília, que fortalece a agenda de luta do movimento
estudantil na greve. Os estudantes vão às ruas com bandeiras pela contratação
imediata de mais professores, triplicação da verba do Plano Nacional de
Assistência Estudantil (PNAEs) e finalização imediata das obras de infra em
andamento nas universidades.
O
ato é um desdobramento do 60º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg) da
UNE, encontro que reuniu durante os dias 15 a 17 de junho, no Rio de Janeiro,
lideranças estudantis de todo o país. Estavam presentes representantes de 44
Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) de universidades federais e todo o
país. Participaram do Coneg também lideranças da ANDES e da Fasubra, convidados
que levaram aos estudantes o panorama atual da greve.
“Os
estudantes sabem que a universidade não está oferecendo o necessário e a adesão
deles torna essa greve uma luta da população por uma educação de qualidade”,
comentou Sonia Rodrigues de Lima, secretária geral da ANDES, presente ao Coneg
da UNE, sobre as reivindicações do movimento estudantil na greve.
A
pauta da manifestação também abrange a luta pela aprovação de um Plano Nacional
de Educação (PNE) com 10% do PIB e 50% do fundo social e dos royalties do
Pré-sal para educação, além da regulamentação do ensino privado e ampliação do
acesso às universidades.
NEGOCIAÇÕES COM O GOVERNO PARADAS.
MOBILIZAÇÕES EM UNIVERSIDADE CONTINUAM
Estava
marcada para o último dia 19/06 uma reunião entre as lideranças da greve com o
MEC. O encontro foi desmarcado na véspera e ainda não houve sinalização do
governo para uma nova data para discutir a greve.
Por
todo o país, estudantes das federais estão se organizando para apoiar a greve
dos professores e levantar suas bandeiras de luta. “Continuamos com uma agenda
forte para a greve. Na última quarta-feira (20/06), realizamos uma grande
passeata em São Bernardo”, afirmou a presidente do DCE da Universidade Federal do
ABC (UFABC), Josiane de Oliveira.
“Essa
é a maior greve que já realizamos, uma greve da educação pública. Estamos com
uma agenda intensa de mobilizações para a próxima semana. Acreditamos que o
governo entenderá a necessidade de negociar”, finalizou Sonia.
O quê: #marchadosestudantes em defesa da educação e das
federais
Informações:
twitter.com/uneoficial
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