A
União Nacional dos Estudantes (UNE) condena o golpe ocorrido nesta sexta-feira,
dia 22 de junho, no Paraguai, país vizinho que vem consolidando com o seu
presidente, Fernando Lugo, um novo ciclo político de valorização do povo
paraguaio, aprofundamento da democracia nesse pais e contribuindo na integração
latino-americana.
A
UNE denuncia um golpe branco para derrubar o primeiro presidente popular eleito
após mais de seis décadas de uma sofrida historia paraguaia. Por mais de 60
anos, o povo paraguaio esteve nas mãos de uma única elite de um único partido.
As
mudanças que começaram a ser engrenadas pelo presidente paraguaio, Fernando Lugo,
buscando avançar, por exemplo, na reforma agrária, colocou novamente em alerta
a elite que agora financia um golpe “relâmpago”.
A
UNE –que em seus 75 anos de vida em defesa da democracia lutou contra o
nazi-facismo, combateu com bravura uma ditadura militar no Brasil, colocou-se
firme contra o neoliberalismo e outras tentativas de golpes de uma elite
nacional– apoia a decisão da União das Nações Sul-Americnas (Unasul) e outros
organismos internacionais que manifestaram que não concordam com a destituição
e que não vão reconhecer outro presidente.
A
UNE repudia a decisão do Congresso Paraguaio de destituir do cargo o presidente
Lugo que vinha conduzindo um enfrentamento com os grandes proprietários de
terras.
Não
podemos nos esquecer que diante de um processo de início de revoluções
democráticas na América Latina, países como Venezuela, Bolívia e Honduras
sofreram tentativas de reverses parecidos com o que a gente vê no Paraguai,
tendo as elites conservadoras como eixos sustentadores de golpes.
A
UNE se indigna e se mostra preocupada com o impedimento à continuidade de
governos progressistas em nosso continente. O importante agora é garantir a
integridade física de Fernando Lugo e do povo paraguaio. Essa história que
insiste em se repetir não passará!
União Nacional dos Estudantes
22 de junho de 2012
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