Na reunião de sua diretoria, ontem, 21 de outubro, a União dos Estudantes da Bahia, a exemplo do que fez a UNE, resolveu se posicionar no segundo turno das eleições para Presidência do Brasil.
No primeiro turno, a UEB manteve um posicionamento de defesa dos pontos programáticos contidos no projeto aprovado no Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE (CONEG) - no qual esteve presente - "UNE pelo Brasil". Este projeto reunia uma série de questões relacionadas às bandeiras defendidas pelo Movimento Estudantil no que se refere à Educação, Cultura, papel do Estado, Economia, dentre outras questões. Mesmo assim, como fez em 2006 e como existia um grande leque de candidaturas, não declarou apoio a nenhum candidato.
Na quarta-feira, 27 de outubro, as entidades estudantis convocam para um grande ato em defesa da Educação, que será realizado na Reitoria da UFBA, seguido de uma grande passeata dos estudantes, professores e movimentos sociais em defesa da Educação.
No primeiro turno, a UEB manteve um posicionamento de defesa dos pontos programáticos contidos no projeto aprovado no Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE (CONEG) - no qual esteve presente - "UNE pelo Brasil". Este projeto reunia uma série de questões relacionadas às bandeiras defendidas pelo Movimento Estudantil no que se refere à Educação, Cultura, papel do Estado, Economia, dentre outras questões. Mesmo assim, como fez em 2006 e como existia um grande leque de candidaturas, não declarou apoio a nenhum candidato.
Na quarta-feira, 27 de outubro, as entidades estudantis convocam para um grande ato em defesa da Educação, que será realizado na Reitoria da UFBA, seguido de uma grande passeata dos estudantes, professores e movimentos sociais em defesa da Educação.
Em defesa dos avanços, contra o retrocesso neoliberal
Depois de 5 anos de reconstrução, a União dos Estudantes da Bahia passa pelo segundo processo eleitoral a nível nacional e estadual. No passado, protagonizou diversas lutas, travadas em conjunto com o movimento estudantil de todo o país, mas também pautas específicas baianas. Em toda a sua história, de 67 anos, a UEB sempre esteve do lado dos estudantes e do povo baiano e brasileiro, defendendo as bandeiras da educação, da cultura e do desenvolvimento.
Neste ano de 2010 – a exemplo do ano de 2006 – a União dos Estudantes da Bahia, entendendo a diversidade de candidaturas e projetos apresentadas no primeiro turno, e valorizando sua autonomia política, resolveu defender suas bandeiras junto com a UNE, no projeto “UNE pelo Brasil”, onde identificávamos os pontos programáticos que deveríamos avançar no debate eleitoral deste ano. Na Bahia, deixamos claro durante o ano a necessidade de mais avanços no ensino superior, com especial atenção à Assistência Estudantil.
O processo eleitoral baiano foi esgotado no primeiro turno, com a continuidade do projeto encabeçado pelo Governador Jaques Wagner. Isso nos apresenta um cenário de continuidade no processo de disputa política em torno da defesa da reestruturação das nossas universidades estaduais, ampliando ainda mais uma perspectiva estratégica em torno da educação superior, para o projeto de desenvolvimento do nosso Estado.
A nível nacional, porém, o cenário é diferente. O debate programático ficou de lado no primeiro turno, dando relevo a pautas conservadoras, de cunho religioso, e alimentando uma perspectiva limitada na disputa dos rumos da nação. É diante desse cenário de acirramento da luta política que não nos furtaremos de tomar posição e somarmos força ao campo mais progressista das forças políticas no país.
Nesse segundo turno, temos a chance de interferir ainda mais no debate eleitoral, visando aprofundar temas de verdadeiro relevo para o país. Com o cenário de polarização e o assanhamento das forças políticas mais conservadoras, aliadas à grande mídia, faz-se necessário engrossarmos as fileiras em defesa dos avanços, contra o retrocesso neoliberal.
Durante os anos de governo FHC, com Serra no Planejamento, a lógica do desmonte do Estado e as privatizações imperavam. O desafio vivido cotidianamente pela universidade pública era o de como não desmoronar. Inúmeras IFES não conseguiam custear sequer sua manutenção. A proliferação de faculdades privadas sem qualquer regulamentação que garantisse qualidade e compromisso social por parte destas, foi outra marca daquele período. O atual secretário estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato, era o ministro da Educação do Brasil, neste período em que a educação era vista mais como mercadoria, de um lucrativo negócio, do que como um direito social estratégico para o desenvolvimento nacional. Essa lógica ainda persiste com José Serra no Governo do Estado de São Paulo.
É esse projeto que devemos derrotar. O compromisso dos estudantes baianos e brasileiros é com o aprofundamento da Democracia no nosso país e na defesa do protagonismo do Estado brasileiro, pois somente a partir destes é possível que o povo brasileiro interfira nos rumos das políticas públicas no nosso país. Ainda reafirmamos o nosso compromisso com o investimento de 10% do PIB na educação, impedindo que o retorno de mecanismos de contingenciamento de verbas sejam novamente utilizados como a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Além disso, estamos na luta em defesa do pré-sal, tendo como prioridade os investimentos na educação, além da defesa de uma rubrica específica para assistência estudantil.
É esse projeto que devemos derrotar. O compromisso dos estudantes baianos e brasileiros é com o aprofundamento da Democracia no nosso país e na defesa do protagonismo do Estado brasileiro, pois somente a partir destes é possível que o povo brasileiro interfira nos rumos das políticas públicas no nosso país. Ainda reafirmamos o nosso compromisso com o investimento de 10% do PIB na educação, impedindo que o retorno de mecanismos de contingenciamento de verbas sejam novamente utilizados como a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Além disso, estamos na luta em defesa do pré-sal, tendo como prioridade os investimentos na educação, além da defesa de uma rubrica específica para assistência estudantil.
Nossa disposição é fazer com que o próximo período sirva para a construção de importantes Reformas Estruturantes no Brasil, que pavimente um profundo ciclo de desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, mas que também propicie o desenvolvimento humano da sociedade brasileira.
Assim, no ambiente de polarização que se configura na atual quadra política, é fundamental que essa geração tome posição e derrote o setor conservador representado na candidatura de José Serra. A Diretoria da União dos Estudantes da Bahia, assim como fez a UNE, decide conclamar toda a juventude baiana a defenderem o avanço nas mudanças e conquistas e a mergulharem na campanha, indicando o voto em Dilma Rousseff no segundo turno das eleições para a Presidência do Brasil.
União dos Estudantes da Bahia (UEB)
21 de outubro de 2010
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